Durante o Mundial, um jornalista francês do «Match» garantiu que Leônidas da Silva tinha seis pernas e que elas provinham de feitiços de magia negra. A sua velocidade e a sua agilidade fizeram de Leônidas um mito no riscar de um fósforo. O seu cabelo bem penteado com brilhantina, colado à cabeça, dava-lhe um ar de artista de cinema com ligeiro toque de Nat King Cole. Vestia fato de corte impecável, falava num tom de voz lento e baixo que encantava quem o ouvia. Um dia, voou e, no ar, deitou-se de costas, pontapeando por cima da cabeça a bola que lhe passava junto aos pés. O golo foi tão surpreendente, tão extraordinário, que o guarda-redes lhe dedicou um aplauso demorado. Estava inventada a «bicicleta». No Mundial de França, Leônidas tornou-se a imagem de um futebol que os simples mortais não são capazes de jogar.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O HOMEM QUE INVENTOU A BICICLETA
Durante o Mundial, um jornalista francês do «Match» garantiu que Leônidas da Silva tinha seis pernas e que elas provinham de feitiços de magia negra. A sua velocidade e a sua agilidade fizeram de Leônidas um mito no riscar de um fósforo. O seu cabelo bem penteado com brilhantina, colado à cabeça, dava-lhe um ar de artista de cinema com ligeiro toque de Nat King Cole. Vestia fato de corte impecável, falava num tom de voz lento e baixo que encantava quem o ouvia. Um dia, voou e, no ar, deitou-se de costas, pontapeando por cima da cabeça a bola que lhe passava junto aos pés. O golo foi tão surpreendente, tão extraordinário, que o guarda-redes lhe dedicou um aplauso demorado. Estava inventada a «bicicleta». No Mundial de França, Leônidas tornou-se a imagem de um futebol que os simples mortais não são capazes de jogar.
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