domingo, 31 de julho de 2011

História do Futebol I: Os tempos antigos


O futebol é o desporto mais popular do mundo. Praticado em centenas de países, desperta um interesse extraordinário nas pessoas pela forma como é disputado. Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de desporto desde os tempos antigos.

O futebol tornou-se tão popular graças ao seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa. Por isso, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.

Origens do futebol na China Antiga

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipas para chutar a cabeça dos soldados inimigos, servindo estas de bola. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipas com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.

Origens do futebol no Japão Antigo

No Japão Antigo, foi criado um desporto muito parecido com o futebol actual, chamava-se Kemari. Praticado por elementos da corte do imperador japonês, o kemari jogava-se num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipa). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipas chinesas e japonesas na antiguidade.

Origens do futebol na Grécia e Roma

Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipas de nove jogadores e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram grandes, pois as equipas eram formadas por quinze jogadores. Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.

O futebol na Idade Média

Há relatos de um desporto muito parecido com o futebol, embora muito mais violento. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que se dividiam em duas equipas: atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipa era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes: os corredores, os dianteiros, os sacadores e os guarda-redes.

Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipa deveriam levar a bola até aos dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo os seus problemas, causados principalmente por questões sociais típicas da época medieval. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois elementos da nobreza criaram um nova versão com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

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